Nos últimos anos, os meses de maio vêm ganhando a cor vermelha para conscientizar sobre o câncer de boca (ou cavidade oral), que faz parte do conjunto dos tumores e cabeça e pescoço.

Trata-se de uma neoplasia mais comum na faixa etária acima dos 40 anos, além de acometer, em sua maioria, os tabagistas. No entanto, não são apenas fumantes que estão sujeitos à doença, por isso é importante todos ficarem atentos.

Pensando nisso, no conteúdo de hoje, que contou com a participação da cirurgiã de cabeça e pescoço, Dra. Mariana Escani Guerra, trouxemos mais informações a respeito. Confira e fique por dentro.

O que é o câncer de boca?

O câncer de boca consiste nos tumores malignos que afetam lábios e estruturas da cavidade oral, como gengivas, bochechas, céu da boca e língua.

Normalmente, eles são agressivos, ou seja, têm a capacidade de se disseminar rapidamente, fazendo com que o diagnóstico precoce seja fundamental para elevar as taxas de cura.

Quais são os tipos de tumores bucais?

Assim como outras neoplasias, os tumores bucais possuem diferentes subtipos. São eles:

- carcinoma verrucoso;

- carcinoma de células escamosas;

- carcinoma adenoide cístico;

- carcinoma mucoepidermoide;

- adenocarcinofestma;

- linfomas.

A classificação é feita a partir da realização de uma biópsia, exame que identifica as células em um microscópio. Além disso, é considerada a região onde a doença está localizada.

Essa informação auxilia os médicos na decisão do melhor protocolo de tratamento para cada caso.

Além do tabagismo, quais os outros fatores de risco?

O hábito de fumar, seja cigarro convencional ou eletrônico, bem como charuto, cachimbo e outros produtos do tabaco, é o principal fator de risco.

Ele é ainda mais nocivo quando a pessoa ingere bebidas alcoólicas em excesso (o que também, de forma isolada, eleva as chances). Além disso, vale citar:

- infecção pelo papilomavírus humano (HPV, conhecido por ser um fator de risco para o câncer de colo do útero, por exemplo);

- irritações persistentes na mucosa bucal, como as feitas por próteses mal adaptadas;

- exposição aos raios UV do Sol (relacionado ao câncer nos lábios).

Como identificar a doença?

Existem diversos sintomas que apontam a presença de um tumor maligno na boca. São eles:

- feridas que não cicatrizam (sinal mais comum);

- dor persistente na boca;

- presença de nódulo ou espessamento na bochecha;

- manchas avermelhadas ou esbranquiçadas em qualquer região da boca;

- dificuldade para mastigar ou engolir, bem como mover a mandíbula ou a língua;

- dormência na língua ou outros locais da boca;

- perda de encaixe da dentadura ou prótese em função do inchaço da mandíbula;

- alterações na voz, como rouquidão;

- gânglios aumentados no pescoço;

- mau hálito persistente.

Caso estes sintomas perdurem por mais de 15 dias, é importante procurar um cirurgião de cabeça e pescoço, otorrinolaringologista ou dentista para avaliação.

Esperamos que este conteúdo tenha sido útil para você. Quer saber mais sobre esse e outros assuntos relacionados? Acompanhe as nossas redes sociais!